sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

2010 é logo ali...

Época de copa do mundo é uma maravilha, não digo somente para as cidades sedes que receberão milhares de turistas de todo o mundo, mas também pela alegria do povo em recebê-los. Imagens de dribles curtos e passes precisos que, certamente, ficarão gravadas em nossa memória. Alegria, emoção, reconhecimento. Esta última por sinal é uma das palavras mais visadas pelos donos do show, ou seja, os jogadores. Reconhecimento para eles implica em fama, conseqüentemente, fama se transformará em dinheiro. Dinheiro se tornará sinônimo, para muitos, de mulheres, carrões, festas e “amizades”. Considerando a origem humilde da grande maioria dos profissionais da bola, podemos constatar que não é de se admirar que queiram aproveitar ao máximo tudo que estão ganhando. Afinal, o “carpe diem” é o que prevalece entre eles.
Não obstante, há os jogadores conscientes. São aqueles que compram casa para a mãe e que procuram investir em meninos, que assim como eles buscam a realização de um sonho. Que o esporte é uma forma de transformação social ninguém discorda, mas ele também apresenta seus riscos. Meninos que querem se profissionalizar passam por muitas frustrações ao longo de sua vida. Sofrem por falta de apoio, diga-se de passagem, que o Brasil não é o país que mais investe em esportes. Falta infra-estrutura nos times procurados. Conquanto, o que falta de motivação, sobra em alegria. Olhos brilham quando vêem uma bola passar por eles, coração acelera quando pisam em um gramado (ou até mesmo num campinho de areia improvisado pelo vizinho). Bem, o importante é a adrenalina do jogo. A paixão é o que os move! Porém, a necessidade é o que os fazem parar.
A cada dia novos craques surgem e consigo trazem a esperança do tão almejado sucesso. Pena que para alcançá-lo terão que ultrapassar a barreira do normal, aliás, o que difere um craque de um simples jogador é a garra, à vontade de vencer e o modo como os dois encararão seus medos. Testes selecionarão os melhores. Mas se o melhor naquele momento não for o mais bem preparado para estar ali? Pois é, equívocos vão acontecer, mas quem escolhe essa carreira tem que adotar “perseverança” como palavra de ordem. Ao final, os comuns serão apenas os comuns e os realmente bons seguirão com a carreira.
Bem, de quatro em quatro anos assistimos ao espetáculo de jogadores de várias nacionalidades, que envolvem seu país numa atmosfera de união, compaixão e patriotismo. Costuma-se dizer que é muito fácil ser brasileiro quando as coisas no futebol andam bem. Em suma, existe o que é verdade e o que é mito nisso tudo. Portanto, o povo procura uma válvula de escape para seus problemas e encontra isso no mundo mágico da bola. Pois pelo menos nos noventa minutos que se seguem sentirão orgulho de fazer parte dessa nação. Ou seja, são unidos por um sentimento em comum e por desigualdades que se tornaram parte integrante da população que não está inserida no seleto grupo dos favorecidos. Concluindo, seja copa do mundo ou até um simples joguinho com os amigos, os chamados “atletas de finais de semana”, despertam a vontade de milhares de jovens de seguirem ou não um chamado do “Deus da bola”.